quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O Sepulcro Esquecido de Jesus

O Sepulcro Esquecido de Jesus
                 
                    O Sepulcro Esquecido de Jesus é produzido por James Cameron (diretor de Titanic) e dirigido e escrito pelo jornalista Simcha Jacobovici. O documentário tem como ponto de partida a descoberta de uma tumba com dez ossuários (urnas que continham restos mortais de uma ou mais pessoas) em Talpiot, na cidade de Jerusalém, em 1980. Dos dez ossuários, alguns tinham inscrições que permitiam identificar a pessoa que tinha sido sepultada lá. Um deles pertenceria a um “Jesus filho de José”.                  Entre os outros ossuários havia um com os restos de uma “Maria”. Para os cineastas, trata-se de Jesus Cristo e da Virgem Maria. Ora, algo assim contraria não apenas a ressurreição de Cristo, mas ainda a assunção de Nossa Senhora – daí a polêmica toda.
                  Construído para que o espectador acredite que está sendo feita uma pesquisa do tipo “vamos ver que informações conseguimos e, dependendo do que encontrarmos pode dizer se o ossuário é ou não de Jesus de Nazaré”. No entanto, Cameron e Jacobovici têm outra coisa em mente: eles querem provar que o “Jesus filho de José” é Jesus Cristo. Este é seu ponto de partida. Qualquer coincidência que possa ser manipulada para atingir o objetivo é explorada no filme; qualquer ponto obscuro ou informação que afaste o espectador desta conclusão é ignorado, como veremos adiante.
                O Sepulcro Esquecido de Jesus certamente causará ainda muita polêmica, mas uma análise mais atenta do filme revela que não passa de fogos de artifício: muitos exames de laboratório, muitos “especialistas” podem fazer o espectador incauto acreditar em tudo aquilo... mas o filme falha feio: não só pelos erros (às vezes grosseiros, como no caso da adúltera) que mostra, mas principalmente pelo que deixa de mostrar, como no caso dos exames de DNA que ficaram faltando.
                 Exemplos claros da má-fé de James Cameron e Simcha Jacobovici são as dramatizações que aparecem no meio do filme. Sim, há a crucifixão e outros episódios registrados nos Evangelhos, mas também há cenas da “vida familiar” de Jesus com Maria Madalena, e cenas do suposto filho de Jesus, inclusive ao pé da cruz. Os autores alegam que são apenas hipóteses; mas então por que dramatizar apenas uma possibilidade, e não todas elas? A escolha das encenações revela as intenções dos cineastas: é o que eles querem que nós aceitemos como verdade.

https://www.youtube.com/watch?v=NUaXEhFLMlA
Link do Vídeo 

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